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As águas de março com o resumo das notícias da economia e do mercado financeiro

"Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade." Ayn Rand

Ao mesmo tempo em que há uma preocupação muito grande em nosso país, com a alta da inflação e política fiscal, e também com a inflação de oferta global, não podemos negar que o vento foi favorável para os investimentos internos, exceto na questão do câmbio. Abaixo segue o resumo do mês, de tudo o que aconteceu de importante na economia e nos investimentos.

BOLSA DE VALORES

A Bolsa deu uma recuada no último pregão do mês, muito em sintonia a com o mercado dos EUA. Finalmente, ela quase provou em março de ser capaz de romper a barreira dos 120 mil pontos, mas isso só aconteceu no primeiro dia de abril, que atingiu pontuação de fechamento algo que não acontecia em quase oito meses.

Foi um mês de grande fluxo de capital estrangeiro em busca de gigantes da bolsa, muito te atrelada às commodities

O Ibovespa fechou o último pregão do mês de março (31) em queda de 0,22%, aos 119.999,23 pontos. O volume negociado no dia ficou em R$ 28,5 bilhões. Na semana a Bolsa fecha com uma alta de 0,77%. O mês de março fechou com uma de 6,06% e, neste ano, a Bolsa brasileira acumula uma alta de 14,48%. Nos últimos 12 meses a Bolsa está em alta de 4,12%.

COMÉRCIO

Neste mês a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o setor de varejo abriu 204 mil novas lojas no Brasil ao longo de 2021. O resultado leva o país a alcançar o melhor avanço anual do setor desde 2018.

Regionalmente, os melhores desempenhos ficaram com São Paulo (55,7 mil), Minas Gerais (18,3 mil), Paraná (15,1 mil) e Rio de Janeiro (14,1 mil). Juntos, esses quatro estados concentraram mais da metade das lojas abertas no ano passado.

DÓLAR

O dólar comercial fechou o último dia de março em queda de 0,47%, cotado a R$ 4,762 na venda. Este valor é o menor desde março de 2020. O grande volume de dólares, que foram despejados em nosso país, tanto para a compra de ações na Bolsa quanto para beliscar os polpudos ganhos com juros altos na renda fixa, mantém o dólar ladeira abaixo.

Na semana, a moeda americana fecha em queda de 0,47%, no mês de março queda de 7,66% e no ano queda de 17,37%.

Nos últimos 12 meses o dólar está com uma desvalorização de 17,37%.

EMPREGO

Nesta última quinta (31) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou a taxa de desemprego no Brasil que ficou em 11,2%. Apesar do mercado esperar uma taxa em 11,4%, trata-se da menor taxa para um trimestre encerrado em fevereiro desde 2016.

O país ainda soma 12 milhões de desempregados e 95,2 milhões de pessoas ocupadas, o contingente de ocupados ficou estável. Agora, quanto à informalidade, a quantidade de profissionais caiu de 38,6 para 38,3 milhões.

O número de pessoas fora da força de trabalho, por outro lado, avançou 0,7% no período, totalizando 65,3 milhões.

ENDIVIDAMENTO

Nesta última quinta (31) a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) publicada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 77,5% das famílias estão endividadas. Segundo a Confederação, esse é o maior valor no índice nos últimos 12 anos. Os dados são referentes ao mês de março.

Esta pesquisa considera dívidas a vencer gastos com cheque pré-datado, cartão de crédito (87% dos entrevistados têm esses compromissos futuros), cheque especial, carnê de loja (18,7%), crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro (11,2% dos entrevistados) e de casa.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 27,8% do total de famílias também alcançou o maior patamar em 12 anos.

INFLAÇÃO

A inflação tem ganho força não só em nosso país, como globalmente. Devido aos conflitos, estamos enfrentando o chamado “choque de oferta'', um nome bonito para nos dizer que o mundo precisa das commodities para produção e que, com a guerra e os problemas de desabastecimento, isso vai faltar e, com isso, os bancos centrais aceleram a subida de juros.

Em nosso país, nesta última semana de março foi divulgado o IGP-M, conhecido como inflação do aluguel, por ser o indicador utilizado para reajustes subiu 1,74% em março, ante 1,83% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta quarta-feira (30).

Nos últimos 12 meses a inflação acumulada está em 14,77%.

PRODUTO INTERNO BRUTO

Neste mês de março foi divulgado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021. A Economia brasileira cresceu 4,6% em 2021, superando perdas de 2020, diz IBGE. No quarto trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto), teve avanço de 0,5%. Em 13º entre maiores economias, PIB do Brasil fica abaixo de média global, e em dólares, o PIB do país fechou 2021 em $ 1,608 trilhão.

Quanto ao PIB per capita ele fechou em R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior.

Quanto aos Setores os dados do IBGE mostram que o setor de Serviços conseguiu engatar uma alta de 4,7% em 2021, com destaque para o transporte, armazenagem e correio que cresceu 11,4%.

Na Indústria registrou crescimento de 4,5%, com destaque foi para a Construção que cresceu 9,7% em 2021. Estes dois setores representam 90% do PIB do país.

Já o Agronegócio recuou 0,2% no ano passado, mesmo com o destaque positivo da produção de Soja que cresceu 11%.

Quanto ao Consumo, o consumo das famílias avançou 3,6% em 2021. O do governo, 2%.

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram 17,2%, favorecidos pela construção e pela produção interna de bens de capital. A taxa de investimento subiu de 16,6% para 19,2% em um ano.

RELATÓRIO FOCUS DA SEMANA

O Boletim Focus, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos divulgou as seguintes estimativas nesta semana que passou, onde percebemos uma pressão grande sobre a inflação e aumento da taxa de juros básica:

TAXA SELIC

No dia 16 deste mês, Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central se reuniu e a decisão foi unânime e não surpreendeu, pois mais uma vez o Banco Central elevou os juros básicos da economia Taxa SELIC em um 1 ponto percentual de 10,75% para 11,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017. Este aumento foi embasado em questões como a deterioração do cenário de inflação e a piora da situação fiscal no Brasil.

E de pensar que, em 2020, estávamos em um juro de 2% ao ano.

E, para encerrar o post da semana, o site Mais Retorno divulgou um resumo da rentabilidade dos investimentos no mês de março. Comente, divulgue e compartilhe o nosso blog. Conheça também a nossa plataforma de Open Banking. Até a próxima!

Fontes: ADVFN; ANBIMA; Banco Central; Bullion-Rates; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; Forbes; Infomoney: Mais Retorno; Money Times; Itaú Investimentos, Nord Research; Sebrae; Suno Research; Tesouro Direto, XP Inc.

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