"Não precisamos ser mais espertos do que os outros. Precisamos ser mais disciplinados." Warren Buffet
Com indicadores econômicos favoráveis na economia brasileira, um arrefecimento da inflação, mas com a taxa básica de juros da economia SELIC em 13,75% ao ano, os investimentos mais conservadores ganharam força juntos aos investidores, movimento este observado também nos fundos de renda fixa.
Os investimentos em DI, com liquidez diária, tiveram a rentabilidade de 1,17% no mês, o que, em dia útil, deu uma média de 0,05% ao dia. Como dica, para quem possui algum investimento de liquidez diária em seu Banco, é de acompanhar se o desempenho diário na rentabilidade bruta está atingindo esta média diária, pois há Bancos com remunerações de 0,04% ou 0,03% por dia útil, o que faz uma diferença no seu bolso ao longo dos dias e meses.
Acompanhe como foi o desempenho de alguns dos principais investimentos e compare com as rentabilidades obtidas dos seus investimentos pessoais em seu Banco.
BOLSA DE VALORES
A Bolsa fechou o mês de agosto com ganhos de 6,16%. Os investidores estrangeiros, injetaram R$ 16,4 bilhões na bolsa brasileira. Conforme o site do Gorila, segue abaixo as empresas com os melhores desempenhos em agosto na B3:
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Conforme dados do portal Mais Retorno os 10 melhores fundos de renda fixa até agosto, superaram a rentabilidade acumulada de 10% no ano. Segue abaixo os 10 melhores desempenhos dos fundos de renda fixa, entre os 953 fundos avaliados.
Conforme dados do Boletim de Fundos da ANBIMA, o saldo líquido da indústria dos fundos de investimento cresceu em R$ 3,7 bilhões, influenciada pelos aportes em fundos de renda fixa. Com isso, houve uma reversão do movimento negativo do mês anterior. Outra dica nesta questão, para caso você tenha investimentos em fundos de renda fixa, é pesquisar qual a rentabilidade obtida no ano por esse fundo.
Abaixo segue o ranking do desempenho dos 10 melhores fundos de renda fixa:
POUPANÇA
A caderneta de poupança, considerado o tipo de investimento mais tradicional dos brasileiros, teve uma perda líquida do seu saldo em R$ 22,02 bilhões em agosto, diferença entre os valores aplicados e retirados no mês. É a maior retirada líquida registrada em um mês desde o início da série histórica, em 1995. No ano, a poupança acumula saque líquido de R$ 85,17 bilhões.
Em contrapartida, a categoria de renda fixa acumula saldo de captação líquida positiva de R$ 151 bilhões no ano, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
TESOURO DIRETO
Conforme dados da ANBIMA, os títulos públicos apresentaram um aumento generalizado das taxas, em meio à percepção de maior risco. Segundo o IMA-B 5+ (títulos indexados ao IPCA) uma carteira com estes papéis com vencimentos maiores que cinco anos, a rentabilidade do mês fechou em 2,49%.
O IMA-S (Selic), que rendeu 1,17% no mês. O desempenho do IMA-S, mostra ao mercado que continua o interesse por parte dos investidores, em manter investimentos com liquidez diária.
INDICADORES ECONÔMICOS
EMPREGO
O Governo divulgou através do CAGED, que o mês de julho fechou com mais 218.902 empregos com carteira assinada. O número é a diferença entre 1.886.537 contratações e de 1.667.635 desligamentos registrados no mês.
No acumulado de 2022, o saldo é de 1.560.896 empregos, decorrente de 13.554.553 admissões e de 11.993.657 desligamentos.
INFLAÇÃO
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, índice oficial de inflação do Governo, registrou uma deflação de 0,36% em agosto. Este é o segundo recuo consecutivo de inflação no país.
No ano, a inflação está acumulada em 4,39%, e nos últimos 12 meses em 8,73%. Conforme o Boletim Focus da primeira semana de dezembro, os analistas projetam um fechamento de 6,61% para o final de 2022.
PRODUTO INTERNO BRUTO
O PIB do país registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, acima do esperado e em um ritmo muito parecido ao do primeiro tri de 2022. O boletim Focus do Banco Central da primeira semana de setembro aponta para uma alta de 2,10% do PIB este ano.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
A produção de veículos em agosto bateu novo recorde deste ano, com 238 mil unidades, alta de 8,7% sobre julho e de 43,9% sobre agosto de 2021. O segmento de ônibus vem sendo um dos destaques, com 20 mil unidades produzidas no ano, 50% a mais do que o total produzido entre janeiro e agosto de 2021.
ECONOMIA EXTERNA
EUA: O mês de agosto trouxe um discurso doloroso, por parte do presidente do Fed, Jerome Powell, com uma série de dados econômicos antecipando um caminho árduo para o povo americano, no combate à inflação, a qual fechou em 5,3% no acumulado dos últimos 12 meses.
Mesmo com uma modesta retração, esse discurso contaminou o ânimo do mercado.
EUROPA: O ambiente do cenário econômico internacional, principalmente na Europa, continuará pautada pelo tom de incertezas, crescimentos modestos nos PIBs e continuidade no ciclo altista na política monetária da taxa de juros, com o foco no combate à inflação.
A Zona do Euro fechou o mês de agosto com uma inflação de 9,1% nos últimos 12 meses, acima dos 8,9% acumulados do mês anterior, com destaque para alta dos preços da Energia (38,3% anualizado).
Fonte: ADVFN; ANBIMA; Banco Central; CORECON; Dica de Hoje; EQI; Forbes; IBRE; Infomoney; Insper; Investidor Institucional, Mais Retorno; Money Times; Itaú Investimentos, Nord Research; Suno Research; Trígono.
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