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Como foi o primeiro semestre na economia e para as suas finanças pessoais

“Que lição podemos tirar? — A lição de que devemos fechar imediatamente um negócio quando estamos convencidos de que ele vale a pena, declarou um venerável fabricante. — Se o negócio for bom, você precisa proteger-se tanto contra sua própria fraqueza quanto contra qualquer outro concorrente.” George S. Clason



ECONOMIA INTERNA

Conforme o Boletim Focus, divulgado no dia 10/julho, a projeção para a inflação IPCA de 2023 cai para 4,95% e estimativa de crescimento para o PIB fica estável em 2,19%.

Quanto a taxa básica de juros da economia brasileiras (SELIC), a estimativa da taxa de juros básica da economia brasileira se manteve em 12,0% para este ano e a de 2024 continuou em 9,50%. Segue abaixo, o Boletim Focus do Banco Central, divulgado em 10 de julho:


INFLAÇÃO:

Os dados mais recentes da nossa economia interna, mostram que a melhora no comportamento dos principais índices de preços no país, surpreendeu de forma favorável o mercado pelo modo em que o processo de desinflação da economia brasileira se acentuou no último trimestre. A estimativa da inflação para 2024 também continuou nos mesmos 3,92%.

PIB

A projeção para o PIB de 2024 ficou mantida em 1,28%, enquanto a de 2025 recuou de 1,81% para 1,80% e a 2026 recuou para 1,88%.

TAXA DE JUROS (SELIC)

A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) se manteve em 12,0% para 2023. Já a estimativa para 2024 continuou em 9,50%, e a de 2025 foi mantida em 9,0%. A de 2026 avançou para 8,75%.

CÂMBIO A estimativa para o dólar em 2023 se manteve em R$ 5,00, enquanto a projeção para 2024 caiu de R$ 5,08 para R$ 5,06. A de 2025 recuou para R$ 5,15, e a projeção para 2026 se manteve nos mesmos R$ 5,20 da semana passada.

ECONOMIA EXTERNA

EUA: A taxa de juros da economia americana, que foi elevada em maio, se manteve inalterada na reunião de junho, onde o FED mantém a taxa de juros na faixa entre 5% e 5,25% ao ano. A expectativa do mercado é que a taxa de juros atual fique mantida ao longo de todo o ano de 2023.

O mercado de trabalho americano adicionou 209 mil empregos no mês, mas foi o menor ganho mensal em 2 anos e meio. A taxa de desemprego de caiu de 3,7% para 3,6%, pouco acima da mínima dos últimos 50 anos.

ZONA DO EURO: Os analistas de mercado estão prevendo uma menor inflação na Zona do Euro, para os próximos 12 meses. Em maio, a expectativa média de aumento de preços caiu para 3,9% ao ano, mas, mesmo assim ainda está acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE).

Na taxa básica de juros, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou em junho, um aumento de 0,25 ponto percentual da principal taxa básica de juros da zona do euro, para 4% ao ano.

Segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, a taxa de desemprego da zona do euro ficou em 6,5% em maio, mesmo resultado de abril, permanecendo na mínima histórica. A Eurostat calcula que havia 11,0 milhões de desempregados na zona do euro em maio.

CHINA: O governo chinês tenta de todas as formas reaquecer a sua economia, como, por exemplo, no corte da taxa de juros. Porém, a retomada ainda não está sendo como o esperado pelo mercado e dados mais recentes sugerem que a indústria chinesa continua em desaceleração.

A taxa de desemprego na China manteve-se em 5,2%, conforme divulgado em comunicado pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês. Já quanto a taxa de desemprego para os chineses entre 16 e 24 anos subiu para 20,8%.

O Banco Central chinês cortou no mês de junho, a sua taxa básica de juros de empréstimo de um ano em 10 pontos-base, para 3,55%, e reduziu a taxa de cinco anos na mesma margem para 4,2%.

MERCADO FINANCEIRO


O primeiro semestre do ano termina, bem diferente das perspectivas do início de 2023. O controle da inflação, a condução para as aprovações das reformas no Congresso, e a possibilidade da redução da taxa básica de juros, já para o mês de agosto, fez com que a Bolsa e os ativos de renda fixa mais arrojados ganhassem destaque no ranking dos melhores investimentos. Os principais destaques no semestre foram: o índice de Fundos Imobiliários (IFIX) com 10%, a Bolsa com 7,6% e o CDI com 6,5%.

A taxa de juros da SELIC ainda continua em 13,75% ao ano, mas com tendência de queda. Conforme a última ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) o ambiente da economia externa se mantém adverso e essa situação requer monitoramento. Em nossa economia doméstica, a ata comenta que o resultado do PIB do primeiro trimestre surpreendeu positivamente, com uma forte contribuição do agronegócio, mas com desaceleração nos setores mais cíclicos da economia. Considerando os cenários avaliados, interno e externo, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis é que o comitê optou por manter a taxa na última reunião.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de junho com deflação de 0,08%, ante um avanço de 0,23% em maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ambiente da renda variável, o Dólar comercial fechou o mês cotado em R$ 4,97 com quedas de 2% no mês, e 5% nos últimos 12 meses. O alívio na economia global, abriu esse espaço para a queda do dólar ante as principais moedas do mundo. A Bolsa de Valores teve o seu melhor mês em mais de dois anos, fechando o mês de junho com ganhos próximos a 9% e uma valorização de 20% nos últimos 12 meses.

Este resultado na Bolsa foi possível pela adoção da meta contínua de inflação, a partir de 2025, e a celeridade que foi dada no Congresso para a aprovação da Reforma Tributária, e o projeto de Lei que altera as regras de votação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

Conforme o relatório da ANBIMA, de 06/07/23, mesmo com os indicadores citados acima, a indústria de Fundos de Investimento não acompanhou esse cenário. No ano, o segmento acumula uma perda de R$ 205 bilhões (R$ 110 bi da Renda Fixa, R$ 54 bi de Multimercados e R$ 41 bi de Ações e outros). Conforme a fala do VP da Anbima, Pedro Rudge, esse resultado ainda é consequência de uma maior aversão ao risco e da atratividade de produtos bancários e isentos de IR, dadas as condições macroeconômicas no período – como a taxa de juros alta e as incertezas políticas e econômicas.


Fontes: ANBIMA; Banco Central; Capital Advisor; CVM; FGV IBre; Infomoney; Investidor Institucional; IPEA; ITAÚ BBA; Money Times; Status Invest


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