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Desistir, manter ou enfrentar a crise? O empreendedor só conhece a última opção

"Se você não gosta de uma aposta só, não deveria aceitar muitas." Richard Thaler


Qualquer empreendedor, desde o que trabalha de forma individual, até aquele que possui uma grande corporação, tem uma variável presente em suas decisões que se chama RISCO, onde se vislumbra, nesta possibilidade de investir em um projeto pessoal, obter um retorno muito melhor que se tivesse investido no mercado financeiro.

O empreendedor é, em geral, um outsider, dentro de um país em que praticamente há pouco apoio e incentivo abrir seu próprio negócio, onde se incentiva mais o emprego do que o empreendedorismo, e também um país que possui mais de R$ 1 trilhão num investimento que está com uma rentabilidade bem abaixo de outras opções no mercado financeiro, e com uma característica extremamente conservadora, que é a famosa caderneta de poupança.

Várias pesquisas já foram realizadas, sobre as escolhas de uma pessoa ao se deparar com um conflito: uma aposta em que você pode ganhar o dobro do valor apostado, ou perder 50% do que investiu, ou não investir valor algum.

A maioria irá escolher o conservadorismo de não arriscar, pois, conforme o economista Paul A. Samuelson (1915-2009), uma das referências da economia moderna, não há muitas pessoas dispostas a se arriscar a perder dinheiro, mesmo que a chance de ganhar seja o dobro. O Empreendedor faz parte do bloco da primeira opção.

Richard Thaler também chama esta aversão a risco de enquadramento estreito (narrow framing), o que aplicado a uma pessoa, pode impedi-la de inovar e experimentar, que são dois ingredientes fundamentais para melhores resultados de longo prazo nos negócios.

No quadro acima, podemos compreender que o empreendedor-raiz rompe a linha do enquadramento estreito. Digo que, se o empreendedor investisse no mercado financeiro, suas apostas estariam em investimentos com possibilidades muito maiores de retornos que um tesouro direto ou mesmo na caderneta de poupança.

Vamos deixar três sugestões aqui, para você Empreendedor(a), mas que também podem ser úteis para não empreendedores.

1) Não adianta explicar sua forma de ver as coisas, para quem tem aversão a risco

É necessário empatia do empreendedor para com familiares ou pessoas próximas que não compreendem o desafio que é ter um negócio próprio e o risco que você está disposto a correr em prol de um objetivo, de um retorno e de uma opção melhor de vida.. Gaste sua energia em formas de como enfrentar esta crise, e busque apoio e opiniões de quem realmente pode ampliar o seu olhar, lhe fortalecer para este período tão complicado na economia. Você normalmente irá contar com poucos, mas já é o suficiente.

2) É o momento de arrumar a casa nas linhas de crédito da empresa, com propostas mais viáveis para o seu negócio


Nesta semana tivemos a divulgação da liberação das novas linhas de crédito do PRONAMPE. O que foi informado na mídia é uma liberação de R$ 16 bilhões. Verifiquem aqui os Bancos cadastrados que receberam verbas do BNDES para liberar as linhas de crédito junto aos clientes. Veja se sua empresa possui conta nos Bancos citados.

Faça um levantamento das linhas da crédito que a sua empresa possui junto ao Banco, as taxas de juros que foram praticadas e procure converter para linhas de crédito do Pronampe.

Vamos a algumas condições para obter o Pronampe junto ao seu Banco.

a) Para quem se destina?

Tanto para as microempresas que faturam até R$ 360 mil no ano até empresas de pequeno porte com faturamento de até R$ 4,8 milhões ano.

b) Limites disponíveis

Normalmente o padrão está sendo de até 30% do faturamento da empresa. Para as empresas com menos de dois anos de constituição, o Banco pode adotar um padrão de liberar até 50% do capital social.

c) Taxas praticadas para 2021

As taxas estão atreladas a Selic (atualmente em 2,75% ao ano) + Taxa de juros real (que os Banco podem aplicar até 6% ao ano).

Dica: Não aceite a primeira oferta. Negocie a taxa.

3) Fluxo de Caixa (Não vá despreparado junto ao Banco)

Sei que é difícil falar em arrumar o fluxo de caixa da sua empresa neste momento, mas se a tua empresa não estiver com as informações financeiras atualizadas, dificilmente conseguirá essas linhas junto ao Banco. Também não adianta depositar esta responsabilidade totalmente ao Contador, pois é fundamental que as pessoas responsáveis pela empresa saibam dos números da empresa.

Encerramos por aqui o blog semanal. Se sua empresa precisa de apoio para elaborar o fluxo de caixa e as informações financeiras para o seu negócio, procure a Fluir tanto pelo nosso whatsapp como pelo email e agende a primeira consultoria diagnóstica, que é gratuita.

Vamos agora ao resumo do mercado financeiro da semana

RESUMO SEMANAL DO MERCADO FINANCEIRO BOLSA DE VALORES O pregão desta sexta (26) fechou em 114.780,62 pontos, com uma alta de 0,91% no dia, -1,24% na semana e, no mês de março, a alta acumulada está em 4,31%. O volume financeiro da sexta totalizou R$ 33,3 bilhões. DÓLAR O dólar comercial à vista fechou nesta sexta-feira (26) cotado a R$ 5,741 para venda, com alta de 1,25% no dia, 4,67% na semana e, no mês de março sua variação está positiva em 2,41%. No ano de 2021 o dólar está com uma alta de 10,64% e, nos últimos 12 meses, apresenta uma alta de 14,89%. FUNDOS IMOBILIÁRIOS IFIX: o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários, O IFIX apresentou uma queda nesta última sexta (26), com uma alta de 0,14%, fechando o dia aos 2.817,70 pontos. E na semana fechou em queda de 0,05%. No mês de março, o IFIX também apresenta quedas de 2,38% e 1,83% no ano de 2021. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade apresenta alta acumulada de 13,74%. OURO A cotação do grama do Ouro fechou em alta nesta sexta em 2,37% cotado a R$ 321,14. A semana do ouro também foi positiva para o metal precioso em 4,07%. Neste ano de 2021 o Ouro está com uma alta de 1,55% e, nos últimos 12 meses, a cotação do ouro apresentou uma valorização de 36,76% no período, quando o grama estava cotado em R$ 234,82. Fontes: ANBIMA; ANFAVEA; Bullion-Rates; Capital Research; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; Endeavor; Infomoney; Nord Research; Sebrae; Suno Research; XP Inc.









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