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Guardar, especular ou investir o seu dinheiro? A razão e a emoção que afetam as nossas decisões

"Os mercados se tornaram um estudo de caso da psicologia das multidões, onde os investidores parecem estar vendendo primeiro e fazendo as perguntas depois." Vikas Bajaj




Há um ramo da economia, já explorado há algumas décadas, que aborda o comportamento das pessoas diante de uma crise, ou na hora decidir o que fazer com o seu dinheiro seja na hora de consumir, de planejar ou de investir.

Boa parte das pessoas vê um sentido mais claro do dinheiro no trabalho, se empenham com todas as forças para obter maiores posições, promoções, conquistarem novos desafios e, com isso, financeiramente ficarem numa situação bem confortável.

Aí fica uma questão: se o problema é ganhar dinheiro, por que pessoas em altas posições profissionais muitas vezes estão passando dificuldades financeiras? Em meu período de Banco, por exemplo, muitas vezes me deparei com diretores de empresas, médicos, magistrados, pessoas com uma ótima renda etc. passando por grandes dificuldades financeiras e tendo que pedalar suas dívidas. Por que isso acontece? Porque muitas vezes o foco é tão direcionado apenas para o ganhar dinheiro, que se esquece da Gestão do mesmo, ficando a impressão que o dinheiro durará a vida toda e, sendo assim, deixamos o planejamento dele ao acaso.

Nos investimentos vamos nos deparar com os três perfis citados: o guardador, o especulador e o investidor. Lógico que os três perfis citados são tomados pelo pânico, quando confrontados com uma crise financeira, porém as formas de reagir diante da situação é que são diferentes. Vamos ver em qual dos perfis você se encaixa neste momento de vida.


1) O guardador de dinheiro

Esse perfil é econômico, e atua no ato de guardar dinheiro como mecanismo de defesa. Pensa em sua aposentadoria e que a mesma seja tranquila. Age de forma sistemática na contenção dos gastos e não na expansão das receitas. Vê a economia apenas pelo olhar do custo e não pelas oportunidades de ganhar também investindo melhor no mercado financeiro.

Muito focado naquilo que é sua competência profissional, não tem disposição de estudar muito sobre as opções de investimentos e acaba "guardando" o dinheiro na poupança ou num péssimo fundo.

No longo prazo, o desejo desse perfil de investidor é ter o seu dinheiro guardado em algo seguro, sem muita ou quase nenhuma expectativa de rentabilidade, uma situação de vida confortável e uma aposentadoria satisfatória digna do seu tempo de trabalho. É otimista quanto ao trabalho e consegue se expandir nele.

2) O especulador

Não podemos enxergar um especulador no mercado financeiro apenas sob uma ótica negativa. Ele estuda comportamentos, análises gráficas e tendências, porém o seu grande objetivo e obter ganhos rápidos como, por exemplo, num day trade (deixo este link da Suno para quem deseja entender melhor este termo) de uma ação na Bolsa e assim otimizar seus ganhos no curto prazo. Visão míope da riqueza, pois o importante é o hoje, o agora.

É muito autoconfiante, muitas vezes tomado até um otimismo exagerado, pois acredita que se algo der errado conseguirá cair fora a tempo.

Obtém ganhos mais rápidos no mercado, porém pode não conseguir sustentar essa estrutura no longo prazo, pois há em suas características pessoais os perigos da irracionalidade, exuberância exagerada em querer demonstrar aos outros que é mais capaz e, no seu íntimo, quer acertar todas das decisões.

Devido essa postura acaba assumindo uma alta exposição a riscos e uma forte tendência a um comportamento de manada quando se depara com o imprevisível.



3) O investidor do dinheiro

Esse perfil vê oportunidades de ampliar a sua riqueza, além da renda do trabalho, na obtenção de ganhos no mercado financeiro no longo prazo. Tem otimismo, mas com uma postura mais conservadora.

Tem frieza diante de onde investir, pesquisa adequadamente as opções e leva em conta os pilares de risco, retorno e liquidez. Se previne, pois sabe da existência de riscos e procura minimizá-los através da diversificação, mesmo que ganhando um pouco menos.

Seu foco é complementar a Renda, além do ganho do seu trabalho, com o ganho financeiro.

Comporta-se de forma racional a maior parte do tempo, mas o grande divisor de águas será como reage à uma crise financeira.

Vê a riqueza ao longo da vida e não apenas para o momento.

Se você deseja entender melhor essas características vale a leitura do livro da Euforia ao Pânico do Aliber e Kindleberger.

Não sei em qual dos comportamentos você se encontra neste momento, mas uma coisa posso te adiantar. Em qualquer uma delas é extremamente importante contar com o apoio de um bom treinamento financeira, de forma personalizada, pois o olhar de fora pode contribuir muito para uma boa gestão financeira dos seus recursos.

Vá em busca do seu espaço profissional e financeiro, e deixe que a Fluir lhe capacite para compreender melhor como investir no mercado financeiro, através de treinamento, organização financeira e orientações na condução dos seus recursos. Temos esse treinamento disponível tanto para pessoa física ou jurídica, como para pequenos grupos.

Uma ótima semana para todos e vamos ao resumo do mercado financeiro.


RESUMO DO MERCADO FINANCEIRO

BOLSA DE VALORES

A Bolsa começou o mês de fevereiro de forma positiva, tanto internamente na questão política e divulgação dos resultados, como também no ambiente externo. O pregão desta última sexta (05) fechou em 120.240,26 pontos, com uma alta de 0,82% no dia e 4,5% na primeira semana. O volume financeiro da sexta totalizou R$ 35,26 bilhões.

Neste ano de 2021 o Ibovespa está com uma rentabilidade positiva de 1,03% e, nos últimos 12 meses, a variação está também positiva em 4,38%.

ETFs

BOVA11:

A cotação do BOVA11 (60 principais ações da B3) fechou o dia com uma alta de 1,05%. No mês de fevereiro a variação do BOVA11 está positiva em 4,5%. Já no ano de 2021 a alta do índice é de 1,02% e, nos últimos 12 meses, tendo como parâmetro, a cotação em 06 de fevereiro de 2020 a valorização está positiva em 4,39% no período.

IVVB11:

A cotação do IVVB11 (500 maiores empresas americanas do índice S&P) sofreu uma queda de 0,48% na última sexta (05). No ano de 2021 a variação do IVVB11 foi de uma alta de 4,74%.

Nos últimos 12 meses, tendo como parâmetro, a cotação em 06 de fevereiro de 2020 a valorização está positiva em 43,32% no período.

DÓLAR

O dólar à vista fechou nesta última sexta-feira do mês (05) cotado a R$ 5,384 para venda, com quedas de 1,2% no dia e 1,43% na semana. No ano de 2021 o dólar está com uma alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, o dólar apresenta uma alta de 27,01%.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

IFIX: o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários, O IFIX apresentou uma ligeira alta nesta última sexta (05), com uma valorização de 0,4%, fechando o dia aos 2.894,79 pontos. O mês de fevereiro, nesta primeira semana, o IFIX fecha com uma alta de 0,53%. No ano de 2021 o índice apresenta uma alta de 0,86%, porém, nos últimos 12 meses, a rentabilidade está negativa em 4,87%.

OURO

A cotação do grama do Ouro com uma alta nesta última sexta (05) em 0,07% cotado a R$ 313,07. Na semana a queda foi de 3,54%. Neste ano de 2021 o Ouro está com uma queda de 1,01% e, nos últimos 12 meses, a cotação do ouro apresentou uma valorização de 47,7% no período, quando o grama estava cotado em R$ 211,96.

Fontes: ANBIMA; ANFAVEA; Bullion-Rates; Capital Research; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; Endeavor; Nord Research; Sebrae; Suno Research; XP Inc.


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