“Tropeçamos nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga”. Patrícia Rossari
Você já parou para refletir sobre quantas informações passam em nossa cabeça, na hora de separar um dinheiro para investir? Questões como: será que eu não vou precisar? e se tiver risco? por quanto tempo vou deixar isso guardado? com quem eu posso tirar dúvidas? qual a melhor aplicação? quanto rende? compensa? será que eu estou tomando a decisão certa? e por aí vai uma série de questionamentos turbinando a nossa mente, tudo para depois irmos para dois caminhos mais fáceis: ou simplesmente deixar na conta e gastar, ou aplicar em "qualquer coisa segura" no Banco.
E como ainda o assunto Investimentos é um grande tabu para uma boa parte das pessoas, você fica muito na mão do que a mídia, os youtubers, seu Banco etc. estarão dizendo sobre o que fazer com o seu dinheiro e, vamos deixar claro, quando você tenta fazer tudo por sua conta e risco, a chance de algo dar errado é muito maior. Por que? SOMOS DIFERENTES quando o assunto é comportamento diante das incertezas.
Como fazer a estrutura inicial para investir o dinheiro?
Primeiro vamos combinar de separar o dinheiro em dois blocos ao investir:
GRUPO DE DEFESA:
GRUPO DE DEFESA: em torno de 70% até um mínimo de 40% do recurso que será investido, dependendo do seu perfil de investidor. Não conhece o seu perfil ainda? Acesse este link da Capitalizo e responda ao questionário gratuitamente e você terá um retorno sobre o seu perfil de investidor.
Para que serve este Grupo de Defesa? Para de dar liquidez. Ou seja, este grupo vai cuidar de suprir você na necessidade de algum recurso pontual, de um evento ou mesmo um imprevisto. Oferece maior segurança nos investimentos, um rendimento mais linear e menor volatilidade no saldo do do seu recurso financeiro. Vale lembrar que a sua reserva de emergência deve estar neste bloco.
No que investir no Grupo de Defesa? Normalmente as opções de investimento aqui são: Tesouro Direto SELIC (obs. neste investimento você precisa aguardar um dia para resgate), Fundos DI ou algum CDI Diário do seu Banco que pague 100% da taxa de CDI e que tenha liquidez quase que imediata.
Para continuar mantendo a segurança e se você tiver disponibilidade de tempo para o investimento, vale também pesquisar o Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, CDBs Prefixados ou atrelados a índice, LCI, LCA entre outros. O importante é DIVERSIFICAR. E a Poupança? Ela eu não recomendo, pois hoje a nossa grande necessidade, principalmente numa taxa baixa é que ao menos se tenha rentabilidade diária.
GRUPO DE ATAQUE
GRUPO DE ATAQUE: Sim, vale o exemplo do futebol. Dá para um time ficar 100% do tempo somente na defesa, sem atacar ou se arriscar em nenhum momento e ainda ganhar o jogo? Não! No máximo pode ocorrer de não tomar gol, mas o seu dinheiro renderá igual o seu risco: zero. Mesmo um time retranqueiro (igual um que a gente ouve falar bastante no futebol brasileiro rsrs), em algum momento ele precisa arriscar algo. Este grupo de ataque será responsável por 30% até 60% do dinheiro investido, também conforme o seu perfil de investidor citado anteriormente.
Para que serve este Grupo de Ataque? Este grupo precisa se arriscar. É o dinheiro protagonista que irá buscar oportunidades atraentes para lhe proporcionar maiores ganhos. Este grupo demanda muito mais cuidado (semelhante quando você está numa estrada a 120km por hora), pois conforme citado no livro Misbehaving do Richard Thaler: "as pessoas têm aversão ao risco, pois as perdas doem cerca de duas vezes mais do que os ganhos. Isso se chama Aversão a Perda.
Neste grupo você precisa de mais estudos, pesquisa, troca de ideias, não se deixar levar por ondas ou ganhos rápidos e paciência, pois você entrará no mundo da renda variável e o seu retorno está relacionado ao risco que você está disposto a correr e o tempo do investimento.
No que investir no Grupo de Ataque? Normalmente as opções de investimento aqui são: Fundos de Renda Fixa, Multimercado, Ações, Debêntures, ETFs, Dólar, Ouro etc. Normalmente os simuladores dos Bancos lhe oferecem opções, mas você deve ficar atento às armadilhas. Não há ganho fácil ou imediato, pois se fosse assim, quase a totalidade dos investimentos estaria em Riscos e não na Poupança como acontece no Brasil.
Quer entender melhor como fazer essa distribuição de recursos, receber um treinamento personalizado sobre investimentos ou mesmo fazer a organização das suas finanças pessoais? Entre em contato com a Fluir pelo nosso whatsapp, para ter um atendimento mais personalizado e adaptado ao seu estilo de ser. Também você pode encaminhar um email. Lembre que a primeira consultoria diagnóstica é gratuita.
Uma ótima semana para todos e vamos ao resumo do mercado financeiro na semana.
Resumo do Mercado Financeiro da Semana
BOLSA DE VALORES
A semana foi negativa para o Ibovespa. Nesta última sexta (15) fechou em 120.348,80 pontos, com uma queda de 2,54%. O volume financeiro da sexta totalizou R$ 66,97 bilhões.
A Bolsa está neste mês de janeiro mantém uma alta de 1,12%. Nos últimos 12 meses, se comparado ao desempenho do dia 15/janeiro/2019, o Ibovespa apresenta uma variação positiva de 1,58%.
DÓLAR
O dólar à vista fechou em alta nesta sexta (15) cotado a R$ 5,3042 para venda, com uma alta de 1,81%. No ano de 2021, o dólar apresenta uma variação positiva de 2,22% e nos últimos 12 meses o dólar apresenta uma alta de 26,77%. O Relatório Focus projeta o Dólar em R$ 5,00 para 2021.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no ano de 2020, a indústria de Fundos finalizou com captação líquida de R$ 156,4 bilhões, registrando redução de 32% diante de 2019. O resultado do período foi sustentado por duas classes: multimercados e ações, que unidas somaram R$ 166,9 bilhões. Isso pode ser atribuído à trajetória de redução da taxa de juros ao longo do ano, abaixo do que era previsto no período pré-pandemia, que reforçou o movimento do investidor de menor aversão ao risco em busca de melhor rentabilidade.
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
IFIX: o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários, O IFIX apresentou uma ligeira alta nesta última sexta (15), com uma valorização de 0,1%, fechando o dia aos 2.857,94 pontos. No mês de Janeiro e ano de 2021 o IFIX apresenta uma queda de 0,43%, e nos últimos 12 meses a rentabilidade está negativa em 9,30%.
OURO
A cotação do grama do Ouro teve uma alta nesta última sexta de 0,81% cotado a R$ 311,12. No mês de janeiro e ano de 2021, o Ouro apresenta uma queda de 1,62%. Nos últimos 12 meses a cotação do Ouro apresenta uma valorização de 48,92% no período.
Já no ambiente econômico, o IBGE divulgou o índice do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 1,35% em dezembro e é a taxa mais alta para um mês de dezembro desde 2002. O indicador fechou 2020 com alta de 4,52%. Esta taxa de Inflação é a mais alta no comparativo anual desde 2016.
No setor alimentício, o grande vilão foi justo um produto inelástico, da cesta básica das famílias, o óleo de soja que mais que dobrou de preço ao registrar uma alta de 103,79%. O preço do leite subiu 26,93%.
O Relatório Focus, do Banco Central, divulgou na última segunda-feira (11) trouxe uma nova revisão para a meta de inflação para 2021 que ficará em 3,75%.
Fontes: ANBIMA; ANFAVEA; Bullion-Rates; Capital Research; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; Endeavor; Nord Research; Sebrae; Suno Research; XP Inc.
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