"Não importa o quão sereno o dia pode ser, o amanhã é sempre incerto. Não deixe esta realidade assustar você." Warren Buffett
Sem levar em conta os obscuros aspectos e interesses políticos, neste ano tão esquisito, temos visto uma reabertura da economia, ora por coerência, ora meio goela abaixo, ora pensando na redução do número de leitos ocupados na saúde pública, ora pensando que o "melhor" é abrir tudo para, de certa forma, "tranquilizar" o cidadão quanto a votar neste ano e que todas as escolas estarão seguindo os "protocolos" etc., enfim, em plena pandemia parece que mesmo assim, querem de certa forma nos "impor" que tudo está normal. Estamos à mercê dos "ventos" da mídia, dos interesses políticos, dos formadores de opinião na saúde pública e por aí vai.
Este ano juntou tudo. Tivemos crise econômica, política, social e ainda uma crise de saúde pública, com uma pandemia que invadiu a maior parte do planeta. Em um ambiente tão polarizado como o qual estamos vivendo, entre fatores emocionais, racionais e/ou irracionais, com opiniões definidas sobre quase todos os temas, fica uma questão individual para a nossa reflexão: O que você aprendeu com esta crise tão acentuada?
Conforme já citamos num dos posts da Fluir (O Efeito Lindy nas finanças pessoais/empresariais) percebemos três perfis pessoas e suas formas de reagirem à crise: a que resistiu ao choque, mas quer que tudo volte como sempre foi; a que se adaptou ao novo contexto, mas não concorda com ele, pois preferia o que sempre funcionou e, por último, a que superou, mas não será mais a mesma, pois reagiu, cresceu e melhorou diante do choque.
Quero abordar o tema a crise atual, com base no livro Crises Financeiras: quebras, medos e especulações do mercado, dos autores Pedro C. de Mello e Humberto Spolador, onde as crises financeiras têm formas repetitivas, rotineiras e tendenciosas, pois repetem os mesmos erros das crises anteriores e, nisso, o livro navega sobre as mais diversas crises e contextos diferentes, mas que se utilizam de métodos muito similares, o que nos passa a impressão que alguns processos não evoluíram no tempo .
As crises financeiras têm, vendo o aspecto positivo, também a possibilidade de nos forçar mudanças, pensar em novas formas de agir sobre o problema, se concentrar no que é importante, olhar as situações de crise vividas e compreender que tudo aquilo que aconteceu só fortaleceu. Então deixo uma reflexão que pode servir tanto para pessoas físicas como empresas:
Com base nestes últimos 6 meses da pandemia, o que você aprendeu com a crise e que transformou sua forma de ver determinadas situações e hábitos?
No livro citado há uma questão para se analisar sobre como a crise nos afeta: a natureza da crise, seus impactos e quais medidas foram tomadas para lidar com a mesma. Quando pensamos sobre a natureza desta crise, ela veio de fora para dentro das nossas casas ou empresas. Na Economia chamamos este fenômeno de Risco Sistemático, pois nos afeta independente da nossa vontade. Quanto aos impactos, aí sim, cada pessoa física, profissional liberal e empresa tomaram as mais diversas medidas, conforme seus recursos e possibilidades, para enfrentar o que estava diante de cada um (A Economia chama este ambiente interno de Risco Não Sistemático). Divulgamos números em posts anteriores sobre o grande número de empresas que fecharam suas portas e, por outro lado, um grande número também de empresas que foram abertas na pandemia. Cresceu o endividamento dos brasileiros, mas também cresceu o volume de captação da poupança, tesouro direto e número de investidores no mercado de ações.
E por que é importante compreender estes cenários contraditórios? Quer dizer que está tudo bem então? De forma nenhuma! Há um ditado romano "Omnia definitio periculosa est" que diz que toda definição é perigosa, e aí está exatamente o cuidado que devemos tomar, nestes tempos em que a tecnologia e a mídia se beneficiam da polarização e ficamos divididos em dois blocos.
O propósito da Fluir, bem como a divulgação dos posts semanais é de possibilitar que o maior número de pessoas físicas e empresas, consigam sair do endividamento, ganhem suas liberdades financeiras e se tornem investidores, seja para investir no mercado financeiro, ou para dar maior sustentabilidade financeira ao seu negócio próprio.
E o que incomoda então neste propósito? É que o caminho para convencer esse público que está no desalento pelas circunstâncias, seja por causa de dívidas, desemprego ou o negócio próprio passando por dificuldades etc., à reagirem e mudarem o cenário atual, é um caminho muito mais árduo, pois leva tempo. Motivos para isso? Deixo alguns exemplos: Recebo contatos de pessoas que estão em dificuldade financeira, mas preferem esperar "tudo isso passar", pessoas que pretendem "mais pra frente" começar a guardar dinheiro, pois agora ainda tem muitos compromissos etc. Nas empresas as frases são similares, mas em contextos diferentes. Das empresas algumas respostas são: pretendo fazer um fluxo de caixa, mas agora as coisas estão meio enroladas; minha empresa está no vermelho, por isso quero ver se consigo "um jeito" de arrumar tudo isso.... e por aí vai. Claro que minha reação....
A MUDANÇA PRECISA ACONTECER HOJE! Quer mudar o cenário atual e ter uma forma antifrágil de enfrentar o contexto atual? Nada de ponto futuro ou conversa de paulistano (a gente se fala, vamos marcar de se ver etc.) e nada acontece rsrs. Vamos conversar pra valer? Nesta semana inclusive, começo uma sequência de live semanais, no instagram da Fluir com o foco para pequenas e médias empresas, quanto à gestão financeira dos seus negócios. Se você é um profissional liberal, MEI ou proprietário de um pequeno negócio, sigam a nossa página para acompanharem os avisos das lives. A proposta também é de trazer donos de negócios para uma conversa franca e simples, sobre a forma como enfrentaram a crise.
Também temos a consultoria para pessoa física e jurídica, sendo que a primeira consultoria diagnóstica é gratuita. Acesse aqui e entre em contato conosco para agendar o seu horário, seja por email ou pelo nosso whatsapp.
Uma ótima semana, bons negócios e investimentos. Vamos para o RESUMO DO MERCADO FINANCEIRO:
BOLSA DE VALORES
A Bolsa praticamente andou de lado na última sexta em queda de 0,01%, aos 96.999,38 pontos. No mês, o índice está negativo em 2,38%, neste ano -15,01% e nos últimos 12 meses a rentabilidade está negativa em 7,69%. O volume financeiro da sexta totalizou R$ 20,0 bilhões.
DI
O comportamento da taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) teve um viés de alta, na última sexta, influenciados pelo avanço do dólar ante o real e o mercado externo. Para janeiro de 2022 fechou a projeção de 2,85% ao ano, 4,27% para janeiro de 2023 e 5,70% para janeiro de 2025. Para janeiro de 2027 a Taxa DI projetada já sobe para 7,23%.
DÓLAR
O dólar teve uma semana positiva e fechou em alta ante o real também nesta última sexta-feira, muito devido aos temores sobre o estado da economia mundial e a evolução de uma nova onda de pandemia no exterior. O dólar à vista fechou a sessão em alta de 0,97% para R$ 5,5626 na venda. Na semana, o ganho foi de 3,29%, sendo que no mês de setembro está em 1,12%. No ano já acumula uma alta de 38,39% e nos últimos 12 meses uma alta de 33,36%.
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
IFIX: o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários, O IFIX apresentou nesta última sexta-feira (25), uma desvalorização de 0,05%, fechando o dia aos 2.788,11 pontos. No acumulado do mês de setembro e ano de 2020, a variação do índice é de 0,22% e -12,81%, respectivamente. Já nos últimos 12 meses a rentabilidade apresentada é de 4,12%.
OURO
A cotação do grama do Ouro teve uma variação positiva de 0,54% no dia. cotado a R$ 332,73. No mês de setembro o Ouro apresenta uma queda na rentabilidade de 4,24%, no ano uma alta de 69,81% e, nos últimos 12 meses, tendo como parâmetro, a cotação em 26 de setembro de 2019 onde o grama estava cotado em R$ 201,75 o que representa uma valorização de 64,92% no período.
Fontes: Amazon; ANBIMA; Banco Central do Brasil; Bullion-Rates; Capital Research; Capitalizo; CNN Business; Corecon; Dica de Hoje; Dinheiro Rural; Faria Lima Elevator; How Much; Minhas Economias; Nord Research; Suno Research; XP Investimentos; Warren
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