Por que é tão difícil falar sobre dinheiro? Entenda esse tabu e como vencê-lo

"Falar sobre dinheiro é considerado mais difícil do que discutir sobre sexo, morte, religião ou política — um sinal de que as finanças pessoais ainda são um dos maiores tabus da sociedade." Estudo do Banco Wells Fargo

Você já percebeu como é mais fácil falar sobre política, futebol ou até problemas de saúde do que sobre finanças pessoais? O mesmo fenômeno acontece nas redes sociais, pois você vê os usuários postando sobre suas viagens, compras, livros, festas familiares, seu time de paixão, críticas sobre o político A ou B, posicionamento sobre causas ambientais etc, mas, nada, ou muito pouco sobre suas finanças pessoais. Ao longo da minha jornada com consultorias e treinamentos sobre finanças desde 2009, noto que muitas pessoas até dão o primeiro passo, mas rapidamente recuam. Há um bloqueio emocional — silencioso, mas profundo — que impede o avanço: o chamado tabu financeiro.

1) De onde vem esse tabu?

O medo de falar sobre dinheiro tem raízes culturais e emocionais. Em muitas famílias, esse assunto sempre foi tratado como algo “pessoal demais”, “complicado demais” ou até “feio de comentar”. Crescemos sem referências saudáveis, ou até mesmo uma certa liberdade, de como conversar sobre ganhos, metas, dívidas ou fracassos financeiros.

Resultado? Adultos que evitam verificar o seu saldo bancário ou mesmo as faturas dos cartões de crédito, revisar seus gastos, ou mesmo conversar sobre dívidas e investimentos com a família. Muitos sentem vergonha, medo ou até paralisia diante de sua realidade financeira.

2) Dinheiro mexe com autoestima

Falar sobre finanças é, muitas vezes, se despir emocionalmente. Dinheiro representa mais do que valor material — ele simboliza autonomia, segurança, poder, sucesso (ou a ausência dele). Por isso, abrir a vida financeira pode causar vergonha, culpa ou medo de julgamento.

Essa dinâmica leva a um padrão conhecido como “comportamento de avestruz”: a pessoa ignora o problema esperando que ele desapareça. Só que, em finanças, o tempo costuma piorar as consequências.

3) O preço do silêncio

Esse tabu custa caro — e não só no bolso. Ele impede que famílias se organizem, que casais façam planos juntos e que jovens aprendam cedo o valor do consumo consciente.

Essa falta de conversa gera: ansiedade, preocupação, insônia, estresse e sensação de fracasso individual.

O mais curioso? Quando alguém finalmente se abre sobre sua vida financeira, descobre que não está sozinho — e que é possível reverter a situação com educação, orientação e ação.

4) Como quebrar esse ciclo?

Aqui vão quatro passos simples, mas poderosos:

1. Reconheça o incômodo: assumir que sente dificuldade em falar sobre dinheiro já é um avanço. Não se cobre perfeição. 2. Converse com alguém de confiança: pode ser um familiar, um amigo ou um profissional. O importante é não carregar tudo sozinho. 3. Comece pequeno: revise um gasto, entenda uma fatura, liste uma meta mensal. Pequenas ações criam grandes hábitos. 4. Mude o olhar: falar sobre dinheiro não é fraqueza — é sinal de maturidade, responsabilidade e inteligência emocional.

Conclusão

Quanto mais naturalizarmos as conversas sobre dinheiro, mais pessoas terão liberdade para planejar, crescer e prosperar.

Boa parte do seu sucesso é fruto do esforço de alguém por você. Atingir sua liberdade financeira é permitir que outros também prosperem por meio de você.

Gostou do tema? Compartilhe este artigo com alguém que evita falar sobre dinheiro. Vamos juntos quebrar esse tabu. Quer conversar comigo ou iniciar uma consultoria personalizada? [Insira aqui o link para agendamento.