“Em todas as coisas o sucesso depende de uma preparação prévia, e sem tal preparação o falhanço é certo.” Confúcio
Blog escrito por Silvana Galafassi Dalssaso administradora e consultora
Ao longo dos anos, nas mais variadas empresas por onde passei, me deparei com a forma equivocada que a maioria delas construíam seu Planejamento Orçamentário.
Por que eu falo equivocada? Porque a maioria desses planejamentos eram realizados através da famosa base histórica, o que significa que estavam projetando o orçamento em cima do passado, não levando em consideração que um período projetado nunca será exatamente da mesma forma que foi o anterior. Concorda?
Talvez você se pergunte de que forma então, poderá fazer uma projeção de futuro sem olhar para trás?
Simples. Utilizando o Orçamento Base Zero!
O Orçamento Base Zero (OBZ) é uma ferramenta estratégica utilizada na elaboração do Planejamento Orçamentário para um determinado período a partir de uma base zerada, ou seja, sem levar em consideração as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos de exercícios anteriores (a famosa Base Histórica).
QUATRO DICAS PARA VOCÊ REALIZAR SEU ORÇAMENTO BASE ZERO:
1) RECEITAS:
Não é simplesmente agregar “x%” na receita do período anterior. Quando planejar as receitas da sua empresa, você deverá definir o quanto você deseja crescer, mas levar em consideração várias premissas importantes como: mix, mercado, região de atuação, economia, equipe disponível e inclusive, disponibilidade de produtos (falta de abastecimento, como estamos vivenciando atualmente).
2) CUSTOS:
Os custos devem ser totalmente relacionados com a projeção da sua receita (mix e quantidades), levando em consideração, além do básico:
· Produtos manufaturados: a correta composição de seus produtos;
· Revenda de produtos: assegurar que a margem bruta seja adequada para sua rentabilidade;
· Serviços: levar em consideração horas perdidas e improdutivas e acordos coletivos de aumento de salário na sua devida data.
3) DESPESAS:
A melhor maneira de você controlar as despesas da sua empresa, é definindo o montante necessário de cada uma delas para a geração da receita projetada.
De que forma? Defina as principais despesas e identifique o volume que cada uma precisa para atingir suas metas. Exemplo: quantos litros de combustível sua equipe de 5 vendedores precisa, mensalmente, para cobrir a região definida?
A partir dessa projeção você fará o acompanhamento delas com mais propriedade.
4) RESULTADO DO PERÍODO OU LUCRO LÍQUIDO
É fundamental você definir quanto deseja ganhar com sua operação antes mesmo de realizá-la. Por quê? Porque quando você faz um Orçamento Base Zero, você tem a oportunidade de reconhecer sua realidade e ajustar o que for necessário antes mesmo de acontecer.
Viu por que dizemos que é perigoso planejar o futuro apenas com base no passado?
Como diz Peter Drucker “Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.”
Essa é a ideia central do Orçamento Base Zero: através do seu know-how e de sua equipe, criar o futuro da sua empresa com uma base sólida e que tornará possível seu acompanhamento mensal e a correção de rumo, se necessário.
Sucesso!
Silvana Galafassi Dalssaso
Administradora, consultora e sócia da
Vamos agora ao resumo semanal do mercado financeiro.
RESUMO SEMANAL DO MERCADO FINANCEIRO
BOLSA DE VALORES
Semana complicada no Bolsa, com quatro quedas consecutivas, pressionado pelo cenário doméstico. No fechamento (17), o Ibovespa caiu 2,07%, aos 111.439 pontos, o menor patamar desde 25 de março. Bolsa de Valores. A semana também fecha negativa em 2,49%. Este mês de setembro a rentabilidade está negativa em 6,18%.
O ano de 2021, a Bolsa está apresenta uma perda de 6,37% e, durante os últimos 12 meses, a rentabilidade está positiva em 13,38%.
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DI
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu um ponto-base a 7,29% a.a., o DI para janeiro de 2023 caiu dois pontos-base a 9,15%, o DI para janeiro de 2025 recuou oito pontos-base a 10,12% e o DI para janeiro de 2027 registrou variação negativa de nove pontos-base a 10,48%.
DÓLAR
Com o cenário doméstico afetado por questões políticas e fiscais, o dólar avançou nesta sexta (17) em 0,33%, a R$ 5,282 na venda. Na semana o dólar encerra com uma alta de 0,28%.
No mês, o aumento chega a 2,13%. Em 2021, a cotação se valoriza 1,79% e, nos últimos 12 meses, a variação levemente em alta de 0,8%.
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
IFIX: o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários, encerrou a sexta (17) com uma queda acentuada de 2,43%, aos 2.729,83 pontos. A semana finaliza com leve alta de 0,07%.
No ano de 2021 a rentabilidade do índice está negativa em 4,89% e nos últimos 12 meses o índice demonstra uma queda em 2,43%.
INFLAÇÃO
O Boletim Focus dessa semana aumentou a projeção para o indicador de inflação, batendo em 8%, na 23ª alta consecutiva. Era 7,05% há quatro semanas.
OURO
O contrato do Ouro fechou a sexta, com alta de 0,61% com a cotação de R$ 298,30 o grama. Na semana o ouro fecha com uma queda de 1,12% e, no mês de setembro, também negativo em 0,72%. Neste ano de 2021 o Ouro ainda está em queda de 5,92% e, nos últimos 12 meses, a cotação do ouro apresenta uma variação negativa de 8,95% no período, quando o grama estava cotado em R$ 327,63.
POLÍTICA FISCAL
Era só o que falta nesta semana já tão turbulenta no mercado. O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira, 17, o decreto do presidente Jair Bolsonaro que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para bancar a reformulação do Bolsa Família. Isso deve render uma arrecadação adicional aos cofres do governo de R$ 2,14 bilhões até o fim deste ano.
Como ficou o novo IOF? No caso das pessoas jurídicas, a alíquota diária do IOF subirá de 0,0041% (o equivalente a uma taxa anual de 1,5%) para 0,00559% (2,04% no ano).
Para pessoas físicas, o IOF vai passar de 0,0082% (alíquota anual de 3,0%) para 0,01118% (4,08% ao ano).
PRODUTO INTERNO BRUTO
Conforme estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o PIB potencial brasileiro tem uma previsão de crescimento de 0,92% em 2022, com uma ociosidade entre 4% e 6% da capacidade produtiva habitual. O PIB Potencial projeta a taxa de crescimento que é possível com os recursos já disponíveis na economia, sem gerar novas pressões sobre a inflação.
Esta semana foi permeada de incertezas acerca da retomada econômica no Brasil. Uma série de analistas econômicos têm revisado para baixo as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022. Esse movimento se intensificou na última semana, com muitas apostas, que começaram o ano em 2,5%, ficando abaixo de 1%. A equipe de análise do Itaú, cortou sua expectativa de aumento do PIB no ano que vem de 1,5%, segundo análise anterior divulgada em agosto, para 0,5%.
A razão mais imediata para esta mudança nas expectativas quanto ao PIB é a projeção mais alta de Selic — taxa básica de juros da economia –, que, na visão do JP Morgan, por exemplo, deve chegar a 9% ao ano no fim de 2021.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Nesta última semana, no site da EQI, foi comentado o resultado da produção industrial no país, a qual recuou 1,3% na passagem de junho para julho, após retração de 0,2% no mês anterior. No ano, a indústria tem alta de 11% e, em doze meses, de 7%. Com o resultado de julho, a produção industrial fica 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
O recuo de julho apresentado alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados.
TESOURO DIRETO
Uma grande novidade na semana é que os resgates dos títulos do Tesouro Direto passaram a vigorar com a regra D+0 desde o dia 13 deste mês. O crédito será realizado em conta no mesmo dia útil, porém, o pedido de resgate precisa ser efetuado até 13 horas de cada dia.
BALANÇA COMERCIAL
Nesta semana foi divulgado no site do CORECON o desempenho na Balança Comercial brasileira, no mês de agosto, conforme dados abaixo.
Fontes: ANBIMA; Banco Central; Bullion-Rates; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; EQI; Forbes; Infomoney: Money Times; Itaú Corretora, Nord Research; Sebrae; Suno Research; Tesouro Direto, XP Inc.
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