"Como investidor o meu trabalho é imaginar o que vai acontecer e não o que deveria acontecer." David Einhorn
Antes de entrar no tema que vai agitar esta próxima semana, vale lembrar que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado em 1966 como um mecanismo de proteção ao trabalhador, enquanto estiver vinculado ao seu Empregador, pois a empresa contribui mensalmente com 8% sobre o salário bruto do trabalhador (2% para os contratos de Jovem Aprendiz), sem nenhum desconto no holerite, e ele tem o direito de receber esse montante no caso de uma demissão sem justa causa.
Em se tratando de educação financeira, o FGTS é um dos raros mecanismos onde o trabalhador forma uma reserva financeira, depositado pela empresa, sem ele ter (ou pelo menos tivesse) acesso a esse saldo, mas, ao longo dos anos foram e estão sendo criados mecanismos, para que o trabalhador tenha acesso a esse saldo, mesmo continuando trabalhando na mesma empresa como, por exemplo, na entrada para um imóvel, no tratamento de doenças graves, etc.; e também utilizar parte do saldo para investir em ações de alguma empresa estatal, que está em processo de privatização como, nesse caso, investir na Eletrobras.
1) Do que se trata este tipo de investimento?
O Fundo Mútuo de Privatização (FMP), criado nos anos 2000, é uma modalidade de Fundo de Investimento que possibilita ao trabalhador a utilização dos seus recursos do FGTS para investir em ações de empresas estatais, que estão em processo de privatização. Esta modalidade já foi utilizada pelos Governos anteriores, quando na venda de ações de outras estatais como a Petrobras, em 2000; a Vale em 2002; e novamente a Petrobras em 2010. 19 Fundos de 11 Bancos estarão envolvidos nesta ação.
2) O que é a Eletrobras?
A desestatização da Eletrobras foi aprovada em 18 de abril pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo do Governo é captar R$ 100 bilhões com a privatização.
A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) foi proposta em 1954 pelo presidente Getúlio Vargas. A instalação da empresa ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962.
Se trata da maior empresa do setor na América Latina e líder em geração e transmissão de energia elétrica no nosso país. Conta com 76 mil km de linhas de transmissão (sendo 42,5% no Brasil) e 50 mil MW instalados em 105 usinas. Possui R$ 181 bilhões em Ativos e, quanto ao ESG, 97% é de energia limpa.
3) Quais são as regras gerais para eu utilizar o meu saldo no FGTS para investir na Eletrobras?
Primeiro de tudo, o interessado deve possuir saldo no FGTS (ativo ou mesmo inativo). O saldo do FGTS que pode ser utilizado é de, no máximo, 50% do montante e com um valor mínimo de R$ 200,00 e o valor máximo R$ 50.000,00
Prazo: começou na última sexta-feira (03) e irá até a próxima quarta-feira (08).
Carência: Somente após 12 meses da data da aplicação poderá haver retratação com consequente retorno do investimento ao FGTS.
Consulta: Após isso a pessoa interessada necessita acessar o app do FGTS
- Autorizar Bancos a consultarem o seu saldo do FGTS;
- Clicar no campo Aplicação nos Fundos Mútuos de Privatização FGTS;
- Selecionar o fundo no App, sendo que neste caso só aparecerá o atualmente em vigor FMP Eletrobras;
- Ler e autorizar os termos propostos no contrato.
- Digitar o nome da Administradora FMP (o seu Banco) que terá acesso às informações e ir no Confirmar Seleção;
- Vá ao campo Simulador de Aplicação no FMP FGTS;
- Irá surgir no visor o saldo disponível que você possui para investir.
4) Quais vantagens e desvantagens desse investimento?
Vantagens:
- Melhorar os rendimentos do valor que está no FGTS (em 2020 o rendimento do FGTS foi de 4,52% ao ano, 4,9% em 2019 e 6,18% em 2018).
- Como parâmetro, nos dois FMPs que os Governos anteriores realizaram, a Petrobras acumulou uma alta de 1.298,90% desde o lançamento; e a Vale 2.881,79%.
Desvantagens:
- Fique atento quanto a taxa de administração que será cobrada, que vai de 0% ao ano até 0,75% ao ano. Pesquise o quanto o seu Banco vai cobrar de taxa para este investimento;
- A carência é de 12 meses;
- Este investimento se trata de um ativo chamado Renda Variável, ou seja, pode acontecer que depois desses 12 meses você esteja com um saldo menor que o valor atual que tinha de saldo no FGTS;
- É um investimento de longo prazo, por isso, se você tem planos em prazos menores para utilizar o recurso do FGTS é melhor manter onde está.
5) A Fluir pode me dar uma assessoria para fazer esse investimento?
Sim e de forma gratuita. Envie uma mensagem em nosso whats 11988349779 e agendamos um horário.
Enfim, temos uma oportunidade potencial de viabilizar os rendimentos do saldo que está no FGTS, contanto que tenhamos a clareza das informações acima.
Fontes: ADVFN; Capital Advisor; CNN Business; EQI; Guide Investimentos; Infomoney: Itaú Investimentos, Nord Research; Suno Research; XP Inc.
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