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Fundos de Investimento: Dicas para você pesquisar, escolher e investir melhor o seu recurso parte 3

"Dinheiro é apenas uma ferramenta. Ele irá levá-lo onde quiser, mas não vai substituí-lo como motorista.” – Ayn Rand

Se você tentou ou já tem o hábito de investir em Fundos de Investimento, já deve ter se deparado com uma difícil questão: diante de tantos nomes e nomenclaturas de Fundos, como saber no que investir o seu dinheiro e qual o grau de risco que o seu dinheiro estará exposto? Então continue a leitura do nosso blog, pois irá lhe auxiliar em decidir de forma mais racional e consciente da relação entre retornos oferecidos e sua exposição à riscos.

O QUE É, E PARA QUE SERVE UMA CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS?

Diante de uma gama tão grande de Fundos disponíveis no mercado, a ANBIMA estabeleceu a classificação de Fundos, adotando também padrões internacionais do mercado, para facilitar a compreensão de algumas questões como: características, estratégias de investimento do Gestor e os fatores de risco.

Agora que você pretende investir, ou melhor investir o seu dinheiro neste tipo de investimento, vamos deixar alguns pontos de atenção:

Valor Inicial do Investimento: este ponto é importante, pois em nada adianta você identificar um fundo com uma rentabilidade atraente, mas o valor inicial não estar compatível com o recurso que você possui no momento. Pesquise uma alternativa que esteja dentro das suas possibilidades.

Liquidez: Você precisa diversificar seus investimentos, mesmo em Fundos, pelo fato da liquidez. O que é isso? Há fundos em que a liquidez será em D+0 isso quer dizer que o recurso entrará no mesmo dia útil. Há Fundos que os créditos dos resgates somente ocorrerão em D+1, D+3, D+30 e por aí vai. Por isso comentamos da importância de ler o prospecto e regulamento do Fundo escolhido. Importante: Não há como antecipar resgaste.

Horários para Aportes e Resgates: Outro ponto em que você deve ficar atento ao Fundo que você irá investir se refere aos horários, principalmente em se tratando de uma necessidade de resgate, pois mesmo se um Fundo tiver seu resgate creditado em D+0, se você solicitar depois do horário limite, a solicitação somente será concretizada no próximo dia útil.

Prospecto: Leia atentamente as informações essenciais sobre o Fundo em que você deseja investir. Vale muito a pena você gastar alguns minutos para uma leitura e se poupar de problemas futuros, por simplesmente ter concordado sem ter lido nada.

É um FI ou um FIC?: Ao você perceber esta sigla no nome do Fundo, é importante compreender que, se for um Fundo com a sigla FI (Fundo de Investimento) o Gestor investe diretamente nos Ativos Financeiros (Exemplos: CDBs, Títulos Públicos, Ações etc.). Se for um Fundo com a sigla FIC (Fundo de Investimento em Cotas) O Gestor desse fundo está lhe informando que investe em cotas de outros Fundos de Investimento. Se nome do Fundo tiver FICFI quer dizer que o Gestor investe nos dois formatos.

Eles são estruturados em três níveis, porém para evitar que você fique confuso, vamos tratar neste blog dos Fundos classificados no primeiro nível, os quais são:

FUNDOS DE RENDA FIXA (FRF)

Está aí uma das Classes de Fundos interessante para você investir. Ah, vale lembrar que Renda Fixa quer dizer que o investimento é Prefixado. Esta classe tem por objetivo investir 80% dos seus recursos em ativos financeiros de Renda Fixa como Títulos Públicos (Tesouro Direto), CDB´s (Certificado de Depósito Bancário), Debêntures (Títulos de Crédito de Empresas) etc.

Há algumas subcategorias de Fundos que nas pesquisas que você irá realizar dentro desta Classe, você vai encontrar opções como Fundos de Curto Prazo (CP) (invista somente se você ainda estiver meio inseguro, pois este tipo de fundo, apesar de ter baixo risco, sua rentabilidade é muito abaixo do esperado, perdendo em alguns casos até para a poupança). Referenciado (DI) os fundos DI têm o objetivo de acompanhar a variação da própria taxa DI do mercado (conforme a taxa do dia em que fizemos a consulta no Clube do Valor, está em 3,4% ao ano), sendo necessário manter no mínimo 95% de sua carteira em ativos que acompanhem este indicador. Fundo de Renda Fixa Simples (títulos da dívida pública, CDBs etc.) Fundo de Renda Fixa Dívida Externa (80% em títulos da dívida externa representados pela União) e Fundo de Renda Fixa Crédito Privado (exemplo Debêntures).

FUNDOS MULTIMERCADO (FIM)

Assim que você já estiver com maior familiaridade com os Fundos de Investimento, e quiser diversificar o seu portfólio (contanto que esteja dentro do seu perfil de investidor) o Multimercado é uma classe versátil para você investir o seu dinheiro. Um ponto fundamental para este investimento é você ter clareza que está dando autorização ao seu Gestor de diversificar o patrimônio do Fundo, conforme regras estabelecidas em vários tipos de ativos financeiros como Renda Fixa, Ações, Câmbio, Índices de Preços e Derivativos. Quanto aos tipos de Fundos que você irá encontrar nesta classe exemplos como: Macro, Multigestor, Multiestratégia, Balanceados e Capital Protegido.

FUNDOS DE AÇÕES (FIA)

Esta classe de Fundo é um tipo de investimento interessante para quem se interessa pelo mercado de ações, porém não sabe ou não quer ficar escolhendo em quais Empresas S.A. de capital aberto investir. O Gestor faz isso por você, procurando investir 67% do patrimônio do fundo em ações, cotas de fundos de ações (FIC FIA) e/ou em BDRs (níveis I, II e III), Ficou em dúvida sobre o que são BDRs? clique aqui para saber mais.

FUNDOS CAMBIAIS

Esta classe de Fundos é interessante para quem desejar ter um recurso que acompanhe as variações cambiais (exemplo o dólar), mas que não quer ter, fisicamente, a moeda estrangeira guardada em sua casa. Esta classe de Fundo não terá como proposta acompanhar, por exemplo, exatamente a variação do dólar, mas 80% do patrimônio estará relacionado às variações do preço da moeda estrangeira ou do cupom cambial.

Bom, chegamos ao final da nossa série sobre Fundos de Investimento e esperamos que tenham aproveitado e façam bons investimentos de forma consciente. Quer uma consultoria ou treinamento personalizado, para compreender melhor a sua gestão financeira pessoal ou empresarial? Conheça os nossos serviços e entre em contato.

Agora vamos ao resumo semanal do mercado financeiro.


RESUMO SEMANAL DO MERCADO FINANCEIRO

BOLSA DE VALORES

Com uma emenda de feriado no caminho, o Ibovespa teve um dia de tranquilo. Porém a sexta (04) fecha com um novo recorde de 130.125,78 pontos, com uma alta de 0,4% no dia. Foi o sétimo pregão consecutivo de alta e o quinto recorde quebrado nesse período. O mês de junho começa de forma positiva em 3,1%. O volume financeiro do dia totalizou R$ 38,18 bilhões.

No ano de 2021 o Ibovespa está com uma alta de 9,33% e, nos últimos 12 meses apresenta uma valorização de 37,5%.

DÓLAR

Nesta sexta (04) com dados do emprego nos EUA, o qual ficou abaixo das projeções, o dólar perdeu força no mundo todo. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,037, numa queda de 0,93%. É o menor valor desde 10 de junho de 2020, quando ficou em R$ 4,940.

EMPREENDEDORISMO

Conforme dados da CNN Business, nos cinco primeiros meses de 2021, as startups brasileiras receberam US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 16,25 bilhões) em investimentos, volume que representa 90% do total investido em todo o ano de 2020, de US$ 3,54 bilhões.

Até maio, foram 261 aportes, segundo dados divulgados no relatório Inside Venture Capital.

EMPREGO

Nesta sexta foi divulgado o resultado de maio do emprego nos Estados Unidos, onde foram criadas 559 mil vagas de trabalho, de acordo com dados do relatório Payroll. A taxa de desemprego no País, caiu de 6,1% para 5,9%.

Quanto ao número de novos pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA, o resultado caiu pela quinta vez seguida e ficou em 385 mil pedidos em maio, menor nível desde o início da pandemia de coronavírus.

INDÚSTRIA

Conforme dados divulgados da ANFAVEA, nesta última semana, as vendas de veículos subiram para 188.660 unidades em maio, 7,7% acima do volume licenciado em abril. Ano a ano, a alta foi de 203%. No acumulado do ano, os emplacamentos somam 891,6 mil veículos, quase 32% acima do volume de um ano antes.

Outro dado importante nesta semana é a divulgação do PMI (Índice dos Gerentes de Compra) Composto (indústria + serviços) do Brasil que subiu de 44,5 para 49,2 pontos de abril para maio de 2021, segundo a IHS Markit. Indicador volta a se aproximar da marca dos 50 pontos, que separa contração de crescimento. Resultado ainda é impactado pelo setor de serviços, que ainda cai. O segmento industrial que voltou a registrar crescimento.

OURO

A cotação do grama do Ouro teve leve alta nesta sexta (04) de 0,59% cotado a R$ 307,17. Na semana o ouro fecha com quedas de 3,94% e 3,93% no mês de junho.

Neste ano de 2021 o Ouro também continua com uma rentabilidade negativa de 2,87% e, nos últimos 12 meses, a cotação do ouro apresentou uma valorização de 8,96% no período, quando o grama estava cotado em R$ 281,9

PRODUTO INTERNO BRUTO

Nesta semana foi divulgado o resultado do Produto Interno Bruto, onde o país teve um crescimento de 1,2% no primeiro trimestre de 2021, resultado que agradou o mercado.


Fontes: ANBIMA; ANFAVEA; Bullion-Rates; Capital Research; Capitalizo; CNN Business; CORECON; Dica de Hoje; Endeavor; Infomoney; Nord Research; Sebrae; Suno Research; XP Inc.

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