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A volta da Inflação. O que pode acontecer com os seus investimentos e/ou empréstimos?

"A inflação é um monstro brutal e cruel que tortura particularmente os assalariados." Roberto Campos

Em outubro de 2020, o tema do nosso blog já tinha a preocupação com o tema Inflação. Lá explicamos o conceito de inflação, seus principais índices, a preocupação com a alta do IGP-M e algumas dicas para o leitor compreender o que estava por vir, e como os empreendedores deveriam ficar atentos com as altas dos preços. Ela chegou e muito mais forte do que se esperava naquele momento, e puxada principalmente pelas altas constantes no preço dos combustíveis.

Os índices só não foram mais impactados porque algumas empresas, para evitar alta na prática de preços têm utilizado a tática do "shrinkflation" (chamada aqui no país de reduflação) que é uma tática da área de marketing em diminuir o peso do produto, sem aumentar seu preço. A ganância e a tentativa dessas empresas são tamanhas, que daqui a um tempo irão oferecer uma embalagem para nós comprarmos sem nada dentro, mas isto será pauta específica para um outro blog.

Na consulta do site Portal Brasil, até o momento, o IPCA acumula alta de 9,68% nos últimos 12 meses, o INPC em 10,42%, o INCC numa taxa acumulada em 22,74% e o IGPM nos assustadores 31,12% também nos últimos 12 meses.

Conforme dados da Agência EBC a maior inflação ocorreu na cidade de Curitiba, com a taxa de 12,48%, nos últimos 12 meses, e a menor no Estado do Rio de Janeiro, com inflação de 8,09% no mesmo período. O site da Infomoney traz uma ferramenta importante você analisar todo o histórico e indicadores da inflação, e trazemos abaixo uma amostra do site do comportamento dos indicadores, nos últimos 3 meses.

A inflação, além de impactar de forma intensa a cesta básica do trabalhador, pois toda a cadeia produtiva do consumo começa a sentir os impactos da renda do trabalhador, ao ir ao supermercado ou a um shopping, por exemplo, causa também impactos nos investimentos e empréstimos/financiamentos.

Para se ter um parâmetro, pessoa que teve uma renda de R$ 50 mil no ano passado, este ano, se mantiver a mesma renda nominal, sofreu uma perda em seu poder aquisitivo em torno de R$ 5 mil. É como se agora essa pessoa ganhasse R$ 45 mil.

Como o efeito da inflação pode impactar os seus investimentos?

Precisamos agora compreender a diferença entre ganho nominal e ganho real. Quando você obtém, por exemplo, uma taxa de 10,15% ao ano no tesouro direto prefixado 2024, esta taxa obtida é chamada de taxa nominal. Conforme informado acima, o IPCA (taxa oficial de inflação do país) está em 9,68% nos últimos 12 meses, ou seja, a ganho real representa o ganho obtido acima da inflação. Sem entrar em matemática, mas somente uma conta rápida, podemos perceber que o ganho real neste exemplo não chega nem na casa do 1% ao ano. Mas por que isso aconteceu? Por causa da inflação, pois, quanto maior a inflação, menor o ganho real nos investimentos, conforme o investimento em que você estiver posicionado

No mês passado, quando a Taxa Selic subiu novamente, publicamos o blog com algumas dicas para enfrentar àquela nova alta da Selic. Clique aqui para ler o post.

Procure neste momento investimentos que estejam indexados à inflação. O IPCA é o mais utilizado, mas há também investimentos atrelados ao CDI. Ao você consultar o aplicativo do seu Banco, perceba investimentos em CDBs, ou no Tesouro Direto, que esteja oferecendo um investimento com uma taxa de juros real, exemplo, 4,5% ao ano + IPCA, isso quer dizer que mesmo que a inflação suba, o seu dinheiro estará protegido em 4,5% ao ano acima dela.

E o que pode acontecer nos empréstimos/financiamentos?

Caso você esteja pensando em financiar um veículo ou imóvel, muita atenção neste período de alta da inflação, pois, além das taxas de juros estarem subindo, o preço dos combustíveis também está. Será que é o momento de compra? Por que escolhemos exatamente veículo e casa? São os tipos de financiamento que mais levarão juros ao longo dos anos da sua renda pessoal e/ou da sua empresa, pois são financiamentos de longo prazo e os valores envolvidos na operação normalmente são altos.

O momento é de cautela, até por efeito do atual momento econômico e político em nosso país, porém, se for imprescindível para a sua pessoa física ou empresa a realização de um empréstimo, ou financiamento, o momento é de barganhar e muito com o seu Banco para ver o que se pode conseguir de redução nas taxas praticadas numa negociação. Atentos também às negociações realizadas diretamente nas concessionárias, pois normalmente o vendedor trabalhar com tabelas de várias financeiras e não lhe oferecerá, num primeiro momento, a taxa mais atrativa para você, mas sim, o Banco que lhe paga melhor comissão. Fiquem atentos a isso. As diferenças de taxas praticadas entre os Bancos podem variar bastante.


Fontes: Banco Central: EBC; IBGE; IPEA; Portal Brasil; Uol Economia;

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